sexta-feira, 31 de julho de 2009

Receita de Felicidade



Sabe aqueles dias em que você deseja tocar no ponteiro do relógio da vida e apressar logo o tempo pra ver se a felicidade vem logo ao seu encontro?
Foi assim naquela tarde tediosa de sexta-feira, em que todos ao meu redor estavam cansados, porém ansiosos pelo final de semana,onde cada um da sua maneira iria com toda certeza se divertir a bessa. Foi o que pensei.
Seguido do pensamento, entrei no google e digitei em letras maiúsculas a seguinte pergunta: " Como faço para ser feliz?". Péssimo questionamento. Mas logo vieram inúmeras respostas. A maneira que ia lendo, percebi que minha testa ia se franzindo pouco a pouco, eram muitos os conselhos, as críticas e observações feitas para uma triste infeliz como eu.
Não pude evitar uma lágrima, mas prossegui com minha pesquisa triunfante e fui mais além digitando como palavra-chave "felicidade". Dessa vez, veio frases, poemas e "ladainhas", escritas por autores felizes. Diante de toda essa leitura, busquei a típica chícara de café, a qual tomei acompanhada de meus velhos pensamentos açucarados.
Escolhi então a melhor definição encontrada e comecei a ler. " Felicidade é um estado afetivo ou emocional de sentir-se bem". Incrível!
Preferi o contexto filosófico o qual a define como o mais alto de todos os bens que se pode encontrar pela ação. Foi a partir dessa idéia que fechei a todas as janelas do meu computador e fui em busca de um avião.
Vamos confessar que ser feliz na era de tribulações em que estamos vivendo não é fácil. Descobri com todas essas argumentações encontradas que felicidade é muito mais que uma palavra, portanto, não pode ser definida por um dicionário, ou até mesmo por uma só pessoa.É algo tão particular,um estado tão individual, que só pode ser definido por você mesmo. Esse estado não precisa ser continuo, mas o importante é que ele exista dentro de cada um, nem que seja demonstrado apenas com um sorriso diário.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Casei


E por incrível que pareça hoje me casei.
Usei véu e grinalda, e sapatilha de alecrim nos pés.
Com esmalte cintilante segurei meu buquê de margaridas descoloridas.
Tive postura ao entrar no altar, tudo ao ar livre, conduzida pelo vento que soprou sem cessar.
Vestida de bolo de chocolate meio amargo, mal olhei para os convidados, afinal não fui eu quem os convidei.
Mesmo com os olhos endurecidos não pude evitar que caísse uma lágrima, que nada mais era além de um pouco de purpurina nos cílios. As pessoas confundem com emoção, e isso é muito natural.
A orquestra não tocou a melodia antes combinada, mas mesmo assim eu entrei. Temos que ser persistentes, quem sabe da próxima ela toca. Por graça podemos pensar, e assim pude deixar de ouvir aquela poluição sonora e cantarolar em pensamento minhas cantigas de ninar.
Entrei! Entrei! Entrei!
Mesmo tropeçando,sim, porque espalharam balas e pirulitos afim de me derrubar. Mas não caio fácil assim. Então fique sabendo que foi em vão!
Foi um dia muito especial pra mim, rodeada de portas e janelas, e muitas paredes também...
E pela primeira vez realizei meu sonho de pisar em um tapete vermelho e de comigo mesma me casar.