terça-feira, 9 de março de 2010

Aquela saudade...



“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”
Rubem Alves

Hoje aquela saudade chegou com o vento, e como tempestade que vem sem avisar destelhou meu lar, destruiu meus sonhos e me fez te amar...
Como me dói querer-te pra mim...esperar por palavras não ditas e só pensar em dias que já se foram como fumaça , pra tão longe de mim.
Tão grande a dor de ouvir sua voz falando comigo, palavras doces, ditas por tantas vezes, mas que hoje se calou. Ouço tudo mesmo sem som...vejo você mesmo que de olhos fechados.
Recordando o primeiro encontro, aquele em que tive a certeza de que me faria sofrer, de algum modo, eu sabia. O primeiro beijo, aquele que me encantou e me fez querer a cada dia mais a sua presença em meus dias, e no meu mundo que você pediu pra entrar.
Seu colo, seus abraços, suas carícias, tudo é tão singelo e tão grandioso pra mim.
Momentos destruídos pelos famosos minutos que vão varrendo toda a alegria conquistada por horas ao lado de alguém especial.
Lágrimas que desfizeram a oitava cor do arco-íris, e me trouxeram novamente pra minha solidão.
Te quis e ainda te quero tanto, te fiz e ainda te faço com tal zelo e devido encanto...meu menino desenvolvido.
Tenho medo de um dia desses fazer parte apenas de mais um poema adormecido... e jogado no tempo.






terça-feira, 2 de março de 2010

Desilusão


E quando tudo parece claro vem a noite e escurece...

Embriaguez constante, litros e litros de solidão conservados por momentos felizes que se vão... denominados tipicamente como decepção ou outra vírgula qualquer que permanece sempre com o mesmo objetivo, de separar dois corpos.
O coração congelado em qualquer estação, o olhar sombrio e o corpo paralisado diante do céu enfeitado pelo arco-íris que se descoloriu em instantes, sendo ao final coberto por todas as nuvens de sensatez ou loucura, quem sabe.
Rugas vão se formando pouco a pouco na alma que se consola com flores secas que vão se despedaçando e caindo ao chão junto às novas velhas lembranças do que não foi.
Pedras pontiagudas são atiradas a fim de ferir um interior nunca cicatrizado, ninguém sabe o que se esconde atrás de um belo sorriso, tampouco se importa com seu passado amarelado e de dor.
E toda a forma se refaz, dessa vez repleta de defeitos expostos e de esperança diminuída. O sujeito oculto dorme mais uma noite com o travesseiro salgado e com medo de passar a vida toda procurando o inexistente. Sonha com o surpreendente, e acorda. A luz permanece acesa, enquanto você não vem.