quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E eu estou bem longe de mim...





"Em contrapartida, dar-se força para realizar as verdadeiras vontades
da alma é definitivamente viver."
Gasparetto

Certos acontecimentos em nossas vidas nos levam pra longe de nós mesmos.
Nos afogam no mar do pranto, ou nos soterram dentro de um buraco profundo.
Esse mar que formamos em nossa superfície faz de nós seres flutuantes do mundo real.
A mágoa, a indignação presente em nossas almas, a tristeza que inspira solidão e expira uma face enrugada e com baixo semblante.
Sofremos pela nossa existência, e simplesmente por buscar tantas respostas e nunca encontrar. Pelo sabor amargo que somos obrigados a acostumar o nosso paladar.
As obrigações, as aceitações! Como é fácil ditar as regras quando não se faz uso delas. E é bem assim que funciona o nosso sistema. Falam os que menos fazem. E os muitos que querem fazer não tem oportunidade pra falar.
Muitas pessoas gostariam de sair do buraco, de expressar suas ideias e pensamentos, mas só o que conseguem a cada dia é se engasgarem mais e mais e se afundarem junto aos seus pensamentos.
Com o passar do tempo, sentimos o peso do relógio em nossas almas, nos tornando assim pessoas ocas de sentimentos verdadeiros. Necessitadas, porém conformadas em viver por viver.
Cada dia mais calados, mais omissos, mais distantes do que realmente somos... Essas são as consequências possivelmente vivenciadas por mim e por você. E quem se importa?