terça-feira, 2 de março de 2010

Desilusão


E quando tudo parece claro vem a noite e escurece...

Embriaguez constante, litros e litros de solidão conservados por momentos felizes que se vão... denominados tipicamente como decepção ou outra vírgula qualquer que permanece sempre com o mesmo objetivo, de separar dois corpos.
O coração congelado em qualquer estação, o olhar sombrio e o corpo paralisado diante do céu enfeitado pelo arco-íris que se descoloriu em instantes, sendo ao final coberto por todas as nuvens de sensatez ou loucura, quem sabe.
Rugas vão se formando pouco a pouco na alma que se consola com flores secas que vão se despedaçando e caindo ao chão junto às novas velhas lembranças do que não foi.
Pedras pontiagudas são atiradas a fim de ferir um interior nunca cicatrizado, ninguém sabe o que se esconde atrás de um belo sorriso, tampouco se importa com seu passado amarelado e de dor.
E toda a forma se refaz, dessa vez repleta de defeitos expostos e de esperança diminuída. O sujeito oculto dorme mais uma noite com o travesseiro salgado e com medo de passar a vida toda procurando o inexistente. Sonha com o surpreendente, e acorda. A luz permanece acesa, enquanto você não vem.








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