sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Doçura de Menina


“Quanto amargor fermenta-se no fundo da doçura, quanto desespero esconde-se na abnegação e quanto ódio mistura-se ao amor.”
Marguerite Yourcenar

E mais uma vez ela chorou e evitou seu típico sorriso de menina desencantada...
Talvez pelo momento que não permitia ao sol iluminar sua face, talvez pela grande descoberta de que vive uma história real.
Os sonhos se tornam pequenos em meio a tanta evolução, aos gritos ecoados pelo tempo que insiste em continuar sem direção.
Enquanto caminha na sua leveza cotidiana é notada em meio a multidões, de grilos... mas enquanto conversa eles preferem ignorar seu olhar profundo, desviando –se dos seus olhos pequeninos que tanto demonstram seu sentimentalismo banal.
E segue assim, sempre com aquele frio na barriga , se entusiasmando com tão pouco...
Onde quer que ela vá esta sempre acompanhada por formigas que querem consumir sua doçura notada apenas por ela mesma.
Feito o último pedaço de bolo esquecido ela se sente, com aparência fria e endurecida, mas que quando tocada se despedaça...
Seus pensamentos não mudam, só abrem espaço para mais uma canção de solidão, que insiste em perturbar seu sono e tirar dela todo dom de ser quem é...simples e sonhadora!






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